Mais de mil cientistas começam, a partir desta sexta-feira, a discutir o estado do Ártico e partilhar resultados de investigação científica numa cimeira organizada por Portugal que decorre totalmente ‘online’.
A Arctic Science Summit Week 2021 começa com reuniões de trabalho que decorrerão até dia 23 de março e o congresso científico propriamente dito realiza-se entre 24 e 26 de março.
O comissário do encontro, João Canário, disse à agência Lusa que o tema do encontro científico é “Alterações regionais, impactos globais”, um sinal de que “o que se passa no Ártico não fica no Ártico” e de que o impacto do degelo se sente mesmo no oceano Atlântico, a que Portugal está ligado.
“Acontece desde 1990 e é a maior conferência anual sobre o Ártico, é a reunião do International Arctic Science Commitee, uma organização não-governamental que quer fomentar a ciência no Ártico e as colaborações internacionais”, referiu.
É a primeira vez que o país anfitrião é um que não tem território ártico, embora cientistas portugueses participem em investigação científica, como o projeto internacional de avaliação dos impactos das alterações climáticas nos ecossistemas T-MOSAIC, que João Canário liderou.
A abertura da parte científica do encontro acontece na próxima quarta-feira.