O autor do atentado terrorista do Estado Islâmico que matou oito pessoas em 2017 em Nova Iorque foi condenado a prisão perpétua.
O uzbeque Sayfullo Saipov foi considerado culpado no final de janeiro pela morte de oito pessoas, mas o júri não alcançou a unanimidade para condená-lo à pena de morte.
Em outubro de 2017, Saipov investiu a carrinha contra quem passava numa ciclovia movimentada em Manhattan, matando oito pessoas e causando vários feridos.
Depois de ter sido considerado culpado, o júri teve que decidir se aplicaria a pena de morte, conforme solicitado pelo Departamento de Justiça, ainda durante a administração do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021).
No entanto, a pena capital deve ser pronunciada por unanimidade e, caso contrário, o réu cumpre automaticamente prisão perpétua.
Em comunicado, o Departamento de Justiça sublinhou que Saipov passará o resto da sua vida na prisão "sem possibilidade de sair sob fiança".
Este foi o ataque mais mortal em Nova Iorque, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Sayfullo Saipov reconheceu ser o autor de uma mensagem escrita em árabe que fazia referência ao autoproclamado EI, encontrada, a par com uma bandeira do grupo extremista, junto da carrinha utilizada no ataque ocorrido perto do memorial do World Trade Center.
Este julgamento foi o primeiro a nível federal do mandato de Joe Biden em que estava em causa a pena de morte. O presidente democrata, eleito em 2020, tinha prometido trabalhar para abolir a pena de morte a nível federal, sem impedir aquelas decididas pelos estados.
A pena de morte foi abolida no Estado de Nova Iorque, mas pode ser aplicada no caso de um julgamento federal. No entanto, a última execução ocorreu há várias décadas neste Estado.