O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Nuno Banza, enaltece a nova metodologia para adaptação de áreas prioritárias de prevenção de incêndios rurais, defendendo que dará "mais poder aos territórios".
A nova metodologia foi aprovada na sexta-feira em reunião extraordinária da Comissão Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais e incluiu o voto favorável da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
À Renascença, Nuno Banza realça que "houve um trabalho prévio muito importante de envolvimento do ponto de vista local e regional".
"Termos a capacidade de adaptarmos estas áreas à realidade territorial, dá mais poder às pessoas e dá mais poder aos territórios. E permite que esse território seja tratado com a devida especificidade que ele merece", aponta.
"O mundo rural é muito importante para o país e o país deve adaptar a sua capacidade de intervenção para que o mundo rural o possa fazer adequadamente", defende, também.
O presidente do ICNF diz que a nova metodologia permite uma melhoria "na adaptação da regulamentação, das preocupações dos territórios e a capacidade do desenvolvimento de atividades".
Nuno Banza explica que os próprios territórios vão poder ver "como as condições se adaptam à sua realidade".
"Através desta adaptação, podemos criar condições para tomar medidas para prevenir esse risco e manter um conjunto de atividades e ocupações", realça, ainda.
Questionado quanto ao que se pode esperar de 2023 no que toca ao risco de incêndios, o especialista indica que "ainda estamos muito longe de percebermos se vamos ter um comportamento climático semelhante ao do ano passado".
No entanto, garante que "está a ser feito muito trabalho de prevenção" na altura "em que se deve realizar".
"Naturalmente, há um conjunto de outros comportamentos que os cidadãos como o todo também terão que manter, de prevenção", afirma.