Segundo reporta a agência Europa Press, em Zaporíjia, o presidente da administração ucraniana, Oleksandr Staruj, denunciou que o ataque russo foi realizado durante uma ação de ajuda humanitária da ONU em Orijiv - a 60 quilómetros da frente regional.
O ataque, segundo Staruj, ocorreu numa altura em que era suposto vigorar um cessar-fogo decretado unilateralmente sexta-feira pela Rússia e que terminou às 00:00 deste domingo.
"O ocupante continua a ignorar as regras da guerra e a atacar as comunidades. A Rússia é um talibã ortodoxo, que ignora o que é sagrado e ignora todas as regras da convivência humana", protestou Staruj, numa mensagem.
Até ao momento, nem as Nações Unidas nem a Rússia se pronunciaram sobre o incidente.
Em Donetsk, as autoridades pró-russas da região também denunciaram que um ataque com mísseis lançado, esta madrugada, pela Ucrânia provocou danos na central térmica de Starobeshevskaya, em Novi Svit, havendo possibilidade de duas pessoas terem ficado soterradas pelos escombros - contudo, a informação não foi confirmada.
"Os serviços de emergência estão a trabalhar no local do bombardeamento e a limpar os escombros. Possivelmente, pelo menos, duas pessoas, funcionários da estação, podem estar sob os escombros", indicou, num comunicado, a administração pró-russa da região à agência noticiosa oficial russa TASS.
O ataque teria sido realizado com um sistema de mísseis de lançamento múltiplo, dos quais seis atingiram a central térmica e arredores, segundo um comunicado adicional do órgão russo do Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos Relacionados a Crimes de Guerra da Ucrânia.
A central é uma das maiores produtoras de energia no leste da Ucrânia, fornecendo eletricidade para o centro e o sul de Donetsk, disputada entre Moscovo e Kiev desde 2014 e agora incorporada na Rússia após um referendo declarado ilegal pela Ucrânia e seus aliados.