A China quer limitar o uso de combustíveis fósseis a menos de 20% até 2060, de acordo com o plano publicado hoje e que estabelece os objetivos para atingir a neutralidade carbónica no país.
Os combustíveis não fósseis deverão representar cerca de 25% do consumo total de energia na China até 2030, de acordo com as metas agora divulgadas, uma semana antes do início da conferência internacional do clima (COP26), que vai decorrer em Glasgow, Reino Unido, de 31 de outubro a 12 de novembro.
O Reino Unido é o anfitrião e preside, em parceria com a Itália, à 26.ª Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas, que vai procurar por em prática as compromissos do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados, de preferência a 1,5 graus centígrados.
Em abril, o Presidente Xi Jinping referiu que o país controlaria os seus projetos de centrais termoelétricas, reduzindo gradualmente o seu consumo de carvão, uma fonte de energia particularmente poluente e que é responsável por cerca de 60% da produção de eletricidade.
O Chefe de Estado chinês também garantiu, na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, que o país iria cessar a construção de centrais de carvão no exterior.
Porém, face à escassez de eletricidade que penaliza a recuperação, devido aos altos preços do carvão, do qual o país depende ainda maioritariamente para abastecer as suas centrais, a China caminha para aumentar sua produção de carvão em 6%.
No início desta semana, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) adiantou que 153 minas foram autorizadas desde o mês passado para aumentar sua capacidade de produção em 220 milhões de toneladas por ano.