O parlamento aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, a condenação "absoluta" pelos ataques terroristas do Hamas em Israel e em defesa da criação de corredores humanitários na Faixa de Gaza, permitindo acesso a água, comida e energia.
Dos cinco pontos do voto de pesar da Comissão de Negócios Estrangeiros sobre o conflito entre Israel e o Hamas, três foram aprovados por unanimidade e outro - o quinto - apenas teve a abstenção do Chega.
Apenas o segundo ponto, referente ao direito do Estado de Israel a defender-se no quadro do direito internacional, motivou o voto contra o PCP e Bloco de Esquerda, com abstenções do Chega e PAN.
Este voto da Comissão de Negócios Estrangeiros resultou de uma fusão de dois textos inicialmente apresentados pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel e pelo Livre, e que foi definitivamente acertado na quinta-feira entre as bancadas do PS e do PSD.
No primeiro ponto, aprovado por unanimidade, refere-se que a Assembleia da República "condena de forma absoluta, imediata e inequívoca os ataques terroristas do Hamas em Israel no passado sábado, expressando o seu mais profundo pesar pelas vítimas destes ataques, em especial as crianças, e solidarizando-se com as famílias e amigos destas vítimas e com o povo israelita".
Unanimidade verificou-se também no apelo à "libertação de todos os reféns e pessoas sequestradas e para o fim das hostilidades", para que "não seja cortado o acesso de água, comida ou energia", e que sejam criados corredores humanitários para que seja prestada toda a ajuda e apoio ao povo palestiniano e civis inocentes na Faixa de Gaza".