O comentador d’As Três da Manhã considera que reverter a privatização da TAP foi “um erro político”, explicando que “o princípio de que a TAP tinha que ser nacionalizada é baseada numa concessão política, não é uma concessão financeira”.
“Nunca foi argumentado o problema de natureza financeira e, portanto, a questão era política. Fez-se, aparentemente uma reestruturação que ainda estamos para ver se é positiva e se resultou”, acrescenta.
Segundo João Duque, há um erro e esse erro tem um preço, assinalando que “para já foram 3,2 mil milhões de euros que os portugueses suportaram através dos seus impostos, estão a suportar, o que dá 320 euros por cabeça, não contando aqueles que pagam mais impostos ou menos”.
O comentador alerta ainda que agora é preciso ver se “alguém quer comprar a TAP e quanto é que pede para isso”, admitindo que poderemos estar perante um caso semelhante ao Novo Banco ou ao Banif, “que para ser vendido, teve que se colocar dinheiro em cima para alguém assumir essa responsabilidade”.
Ter uma companhia de bandeira, como o Governo chegou a defender, pode fazer sentido no entender do comentador, mas é preciso saber quanto “custa para um país que tem dificuldade em acudir às suas necessidades maiores”.