Março registou um dos números mais baixos de mudança de comercializador no mercado liberalizado de eletricidade, diz o regulador no boletim publicado esta terça-feira. Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), quase 42 mil mudaram de empresa em março.
Durante este período, entraram para o mercado livre 9.678 clientes, mais 2,7%. Dos 19.151 clientes que entraram, 4.536 transitaram do mercado regulado, há ainda 9.473 saídas.
"O impacto da pandemia é visível nestes valores sendo dos mais baixos registados desde 2012", nota a ERSE.
Consumo de eletricidade subiu
Em termos de consumo, a ERSE aponta para um aumento de 13 GWh face a fevereiro, atingindo 43.499 GWh no mercado livre, o que representa um acréscimo de 0,03% quando comparado com o mês anterior e de 0,5% face ao mesmo mês do ano anterior.
No mercado livre o consumo representava, em março, 94,7% do consumo total registado em Portugal continental.
A EDP Comercial mantém-se como maior fornecedor do mercado liberalizado, quer em número de clientes, quer em volume abastecido, mas continua a perder quota de mercado, o que já se verifica há vários meses.
Em março a EDP tinha 78% dos clientes e 41% do consumo fornecido, menos 0,2 pontos percentuais do que em fevereiro.
As perdas da EDP foram aproveitadas pela Endesa e pela Goldenergy, que ganharam cada uma 0,1 pontos percentuais, têm agora 6,8% e 2,1% dos clientes do mercado livre, respetivamente.
Nos grandes consumidores, a Iberdrola lidera com uma quota de 26%, o segmento de clientes industriais é encabeçado pela Endesa, com 23,8%, e no de pequenos negócios a EDP está na frente, com 41,2% de quota.
A EDP tem ainda a maior fatia do mercado doméstico, 72,5%, menos 0,2 pontos percentuais que em fevereiro.