A Comissão Europeia deixou esta quinta-feira várias alternativas aos Estados-membros para aliviarem a fatura dos consumidores, mas não avança com novos instrumentos. São apenas orientações, como "impostos especiais de consumo, medidas específicas que se aplicariam a agregados familiares e pequenas empresas vulneráveis e pobres em energia, bem como apoio direto aos consumidores".
São declarações do porta-voz do executivo comunitário para a área da Energia, Tim McPhie. Nas próximas semanas, o executivo comunitário irá apresentar “uma caixa de ferramentas que dará aos Estados-membros o que precisam para poderem tomar medidas a nível nacional”, contra o acentuado aumento da subida dos preços globais do gás.
Bruxelas acompanha a situação, mas afasta para já um envolvimento direto. O porta-voz para a área da Energia diz que "a conceção do mercado europeu não é uma das causas dos problemas, mas é claro que queremos muito ajudar os Estados-membros e os cidadãos a lidar com esta questão".
Para que não haja dúvidas, Tim McPhie foi questionado se a Comissão Europeia pretende criar novos instrumentos a nível nacional. Na resposta, explicou que se trata apenas de "fornecer aos Estados-membros orientação".
Em outubro haverá novidades nesta matéria, "trata-se de lhes mostrar o enquadramento do regulamento existente, mas não tenho mais nada a anunciar para além disso em termos de novas ferramentas", explica.
Segundo um estudo publicado quarta feira pela Confederação Europeia de Sindicatos, quase três milhões de trabalhadores pobres da Europa já não vão conseguir pagar o aquecimento este outono e inverno, devido à subida dos preços.