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A saída da ministra da Saúde, Marta Temido, não significa uma mudança das políticas do Governo, avisou esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa.
“Os diplomas são dos governos, não são do ministro A nem do ministro B. Achei graça até ver os principais críticos do Governo a dizer que o que importa é a mudança de políticas. Quem quer mudanças políticas tem que derrubar o Governo”, afirmou o primeiro-ministro.
António Costa, numa conferência de imprensa no Palácio de São Bento de reação à demissão da ministra Marta Temido, sublinha que as políticas do executivo receberam a luz verde dos portugueses nas últimas eleições.
“Este Governo tem as políticas que constam no programa de Governo e este programa foi legitimado pelo voto dos portugueses. Portanto, mudanças de políticas é com mudanças de Governo”, frisou o primeiro-ministro, depois de oposição e agentes do setor da Saúde pedirem uma mudança de rumo.
António Costa reforça que a troca de um ministro representa “uma mudança de personalidade, energia e estilo”, mas não “mudanças de políticas”.
“As políticas são do Governo, os decretos de lei não são da ministra A ou B, são do Governo. Portanto, este decreto será aprovado por este Governo, agora é natural e desejável que quem o preparou, negociou com os outros membros do Governo seja quem o apresenta no Conselho de Ministros”, declarou.
O primeiro-ministro agradece o trabalho de Marta Temido e diz que substituição da ministra da Saúde "não será rápida", devendo só acontecer após a apresentação da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, prevista para 15 de setembro.