Porto. Escola Alexandre Herculano reabre quarta-feira com 600 dos 900 alunos
27-01-2017 - 12:12

Alunos do sétimo e do oitavo vão ser colocados na escola Ramalho Ortigão, que tem melhores condições. A direcção já foi informada de que esta escola do Porto vai ter obras até 2020.

A Escola Alexandre Herculano reabre na próxima quarta-feira com 600 alunos dos 9º, 10º, 11º, 12º anos e horário nocturno, sendo os restantes 300 estudantes dos 7º e 8º anos deslocados para a Escola Ramalho Ortigão, informou o director Manuel Lima.

As aulas foram suspensas por causa do mau tempo e falta de condições de conforto e de segurança para os alunos.

A partir da próxima semana a escola vai sofrer “pequenas intervenções” que viabilizarão a solução provisória de ali manter as 23 turmas do 9º ano e dos ensinos secundário e nocturno.

A decisão foi tomada após uma reunião, esta manhã, com a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Assim, a escola só reabrirá a 1 de Fevereiro, mas apenas com os alunos do secundário e do nono ano. Os restantes serão colocados na escola Ramalho Ortigão, que reúne melhores condições e de segurança.

O director pretende agora reunir com as famílias para explicar a situação.

Segundo Manuel Lima, durante a reunião, a tutela comprometeu-se a fazer uma efectiva intervenção na escola até 2020, tendo confirmado à direcção e aos representantes da associação de pais que estas obras estão mapeadas no programa Norte 2020, com um valor orçamentado de seis milhões de euros.

A queda de chuva no interior do edifício levou, na quinta-feira, à suspensão das aulas e ao encerramento do estabelecimento. A decisão foi tomada por iniciativa dos alunos e confirmada pelo director da escola.

A sub-directora da escola, Fátima Gama, explicou por que os alunos se recusaram a entrar nas salas. "Chovia em muitas salas, chove no corredor, o ginásio pequeno tem dois buracos e há uma ala fechada por causa da humidade".

O estado de degradação do velho liceu da zona oriental da cidade é visível e já em 2009 a Parque Escolar reconhecia a urgência de obras, mas nada avançou por falta de verba.

Desde então, sucederam-se os alertas para a necessidade de recuperar o edifício com mais de cem anos e foi mesmo lançada uma petição, "Não deixamos cair o Alexandre", que exigia obras na escola.