Elon Musk confirma que vai deixar o cargo de presidente-executivo do Twitter assim que encontrar um substituto, mas ficará a administrar algumas divisões importantes da plataforma, antecipando que pode continuar a exercer uma influência significativa na tomada de decisões da empresa.
“Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para assumir o cargo! Depois disso, vou apenas executar as equipas de software e servidores”, escreveu no Twitter esta madrugada.
A decisão surge após milhões de utilizadores do Twitter terem dito “sim” à saída de Elon Musk da liderança da rede social, numa votação lançada pelo próprio.
O “sim” recebeu 57,5% dos votos (cerca de 10,06 milhões), enquanto o “não” recebeu 42,5% (cerca de 7,44 milhões). No total, votaram 17.502.391 utilizadores.
A gestão do multimilionário está marcada por várias polémicas. A última foi quando Musk anunciou a interdição de colocar no Twitter ligações ou menções a outras redes, como o Instagram, Facebook ou Mastodon.
Antes, tinha mandado suspender as contas de jornalistas particularmente críticos do seu desempenho. Entre os visados estão os profissionais de 'media' como a CNN (Donie O'Sullivan), os jornais New York Times (Ryan Mac) e Washington Post (Drew Harwell), além de outros jornalistas independentes.
Alguns dos jornalistas visados tinham escrito sobre a decisão do Twitter de suspender uma conta que seguia as viagens do jato particular de Elon Musk, que lidera a empresa desde outubro passado.
Quando chegou ao Twitter, Elon Musk prometeu manter a conta @ElonJet, que seguia de forma automática dos movimentos do avião e que foi criada por um estudante, contando com 500 mil seguidores.
Desde que comprou a plataforma por 44 mil milhões de dólares (41,5 mil milhões de euros), o milionário tem enviado mensagens contraditórias sobre o que é autorizado ou não.