A China está a trabalhar para anexar Taiwan "num calendário bastante mais célere" do que se julgava anteriormente, disse esta terça-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusando Pequim de ter decidido que o 'status quo' já não é aceitável.
Num evento na Universidade de Stanford esta manhã, o chefe da diplomacia dos EUA adiantou que, se Pequim não conseguir a unificação por meios pacíficos, irá usar coerção e possivelmente a força militar.
"É isso que está a perturbar profundamente o status quo e a criar tensões tremendas", indicou Blinken, garantindo que os EUA irão "honrar os seus compromissos" para com Taiwan e apoiar a ilha a autodefender-se.
A acusação de Blinken surge depois de, no domingo, no arranque do congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) em Pequim, o Presidente, Xi Jinping, se ter recusado a excluir o uso da força no contexto da unificação com Taiwan.
A China vê a ilha autónoma como parte do seu território, contra as aspirações de soberania de Taiwan.
No mês passado, o Presidente dos EUA, Joe Biden, assegurou que as forças norte-americanas vão defender Taiwan face a potenciais ataques da China, apesar de, politicamente, os EUA manterem uma posição ambígua quanto ao estatuto da ilha.