O primeiro-ministro garantiu esta segunda-feira, na Assembleia da República, que a privatização da TAP só avança se forem cumpridos todos os critérios definidos pelo Governo, a começar pelo interesse estratégico da companhia para a economia portuguesa.
Em resposta à líder parlamentar do PCP, o primeiro-ministro garantiu ainda que se o hub não ficar em Lisboa, a TAP não será privatizada.
“O primeiro critério é mesmo a preservação da importância estratégica da TAP para a economia portuguesa e a preservação do hub de Lisboa e, por isso, tenho tranquilidade para lhe dizer que se o hub de Lisboa não estiver garantido e se não estiver garantida a função estratégica, nesse caso, não haverá privatização”, respondeu o primeiro-ministro à deputada comunista Paula Santos.
O PCP entende que a gestão privada da companhia aérea foi um desastre e pede ao primeiro-ministro para travar a privatização da TAP.
“A TAP é estratégica e só o controlo público da TAP ao serviço dos interesses nacionais é a solução. Ainda está a tempo de não cometer este crime económico”, avisou Paula Santos.
Na resposta, António Costa assegura que a privatização vai ter em conta a vocação estratégica da TAP.
“A privatização ocorrerá no estrito respeito pela vocação estratégica da TAP, porque foi por isso que adquirimos a parte necessária do capital em 2015, e que fizemos o aumento de capital em 2020”, respondeu António Costa que contraria a opinião do PCP.
O primeiro-ministro garante que para garantir o interesse estratégico da TAP não é preciso que o Estado seja detentor de 100% do capital ou mesmo de 51%. António Costa diz que tudo depende do “sócio” que se encontrar.