D. Manuel Clemente elogia “gestos de solidariedade” aos ucranianos
10-04-2022 - 14:23
 • Hugo Monteiro , Marta Grosso

Durante a homilia deste Domingo de Ramos, o Cardeal Patriarca de Lisboa saudou a Renascença pelos 85 anos de existência.

D. Manuel Clemente diz que os gestos de solidariedade e apoio aos refugiados ucranianos representam “o melhor do coração humano”.

“Quando, entre nós, tantos refugiados anseiam pela recuperação da sua terra e pela vida dos seus, os gestos de comunhão espiritual e solidariedade concreta que se têm somado nestas trágicas semanas mostram o melhor do coração humano e reabrem o futuro que a guerra quis fechar”, afirmou o Cardeal Patriarca de Lisboa.

“São prenúncios daquela vida que ressuscitou do sepulcro que parecia fechado; fulguram a Páscoa que Cristo garante”, acrescentou durante a homilia da Missa de Domingo de Ramos.

Na mesma ocasião, o Cardeal Patriarca deixou também uma palavra à Renascença, que celebra 85 anos.

“Muitos parabéns a todos os que nela trabalham e assim continuam essa obra da Igreja no sentido mais autêntico, de também, através da rádio levar o Evangelho de Cristo a quem tanto espera. Muitos parabéns à nossa Rádio Renascença”, saudou.



Numa entrevista a propósito do 85.º aniversário, D. Manuel Clemente admite ter saudades de fazer rádio.

“Recordo-me que a certa altura se fez uma contagem e, para um programa ao domingo de manhã, que demorava uma hora, entre as 10h e as 11h, e que eu fazia com a Francisca Favilla e o Óscar Daniel, chegámos a ter audiências de 100 mil pessoas. Quase 20% dessa audiência era constituída por gente entre os 18 e os 25 anos, o que também não é nada habitual a essa hora de domingo”, recorda.

Na mesma entrevista, à Renascença e à agência Ecclesia, o Cardeal Patriarca de Lisboa fala da crise nos media e da importância do jornalismo, dizendo que hoje é necessário “uma cautela redobrada” face à informação que circula nas redes sociais, “para termos uma informação o mais consistente possível, verdadeira, no sentido de corresponder à realidade e aos factos”.