O Presidente da Républica considera fundamental apurar responsabilidades no caso da grávida que fez cerca de 200 quilómetros até que fosse possível encontrar aberta uma urgência de obstetrícia.
O caso aconteceu no último domingo, quando uma grávida de oito meses foi transportada por engano pelo INEM de Torres Vedras para Abrantes, que tinha o serviço encerrado, tendo de seguir depois para Santarém, onde acabou por ficar internada.
“Não é um caso que seja positivo, é muito negativo para o Serviço Nacional de Saúde e para o sistema de saúde em geral, é verdade. Que há erros, que há lapsos e que se tem de apurar o que aconteceu, para se, for caso disso, responsabilizar quem deve ser responsabilizado, é fundamental”, afirmou, esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas sobre o caso.
Para o chefe de Estado trata-se de “um erro muito grande”.
“Um erro de 200 quilómetros é um erro muito grande, mas podiam não ser 200 quilómetros, podiam ser 30, 40 ou 50, era um erro”, declarou, pedindo que se reconheça “humildemente que se falha”, para se “corrigir e apurar responsabilidades”.
Recorde-se que divulgado na segunda-feira, o INEM confirmou que, "por lapso do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], uma grávida foi orientada para o Hospital de Abrantes".
No mesmo documento refere-se que "a situação foi prontamente corrigida e, após uma primeira observação na unidade de Abrantes e reunidas as condições de segurança, a senhora foi então conduzida para a maternidade do Hospital de Santarém".
Quer a grávida quer o bebé em gestação "estão bem", assegura o INEM, "e a gravidez está a ser acompanhada em regime de internamento" naquele hospital.
INEM garante que "as circunstâncias que motivaram o lapso estão a ser apuradas e foram corrigidos os procedimentos para que não se venha a repetir uma situação similar".