O Estoril Praia recusa as responsabilidades que o Benfica imputa ao clube, na sequência do castigo de um jogo à porta fechada, decidido pelo Conselho de Disciplina, à luz dos incidentes ocorridos no jogo entre os dois clubes, na Amoreira, em abril.
Os encarnados argumentam que a organização do jogo estava a cargo do Estoril, como equipa visitada, e que foi manifestada discordância da colocação dos adeptos do Benfica numa bancada central e não no topo. Alexandre Faria, presidente dos canarinhos, sublinha, em entrevista à Renascença, que essa decisão foi das autoridades policiais.
"A situação ficou muito clara na altura para todos os intervenientes, Benfica incluído. Todos tiveram a perfeita noção que a decisão final da escolha da bancada ficou a dever-se à força policial responsável pelo jogo, a GNR, e essa decisão foi desta entidade. O Estoril é alheio a este facto", esclarece o dirigente.
As relações entre os dois clubes não estão em causa, salvaguarda Alexandre Faria, que, no entanto, não entende o comunicado publicado pelos encarnados, que passam responsabilidades para o Estoril. "É necessário que sejamos sérios e tenhamos a noção de quem toma as decisões e quem foi o responsável por essa decisão, e não foi o Estoril Praia", reforçou.
O Benfica considerou que o clube da Amoreira deveria "assegurar a segurança do jogo, designadamente, a contratação de policiamento e de assistentes de recinto desportivo, realizar a revista de pessoas e bens, proibir a entrada de objetos proibidos ou perigosos no estádio e, em geral, o garantir da ordem e da disciplina no recinto desportivo".
O Benfica apresentou recurso para o pleno do Conselho de Disciplina, que tem efeitos suspensivos da pena.