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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, garanti,u esta terça-feira, durante a conferência de imprensa semanal de balanço de evolução da pandemia, que os lares ilegais não vão ser discriminados no processo de vacinação, em que estas instituições estão inseridas, e que se inicia depois de concluída a etapa que visa imunizar os profissionais de saúde.
"Um lar legal e ilegal é tratado da mesma maneira. Vão ser vacinados sequencialmente de acordo com critérios", disse Graça Freitas.
A mesma responsável declarou ainda esses critérios estão a ser analisados pela task-force que lidera o processo, porque não podem ser todos vacinados ao mesmo tempo. “Vamos sendo vacinados sequencialmente por prioridades”, explicou.
Segundo Graça Freitas enumerou pelo menos três exemplos desses critérios prioritários em relação às instituições que alojam idosos. "Os lares que estejam localizados em concelhos de alta incidência, onde haja uma grande circulação do vírus e onde a probabilidade de se originar um surto no lar é maior", avançou.
A estes soma-se a "quantidade de pessoas e a densidade populacional num lar, porque um lar muito grande com muitas pessoas pode ter implicações maiores no caso de surto".
Por fim, e como já tinha sido avançado pela ministra da Saúde, Marta Temido, os lares com surtos ativos à data não vão receber as vacinas durante esse período. "Os residentes e trabalhadores serão vacinados depois disso", explicou Graça Freitas.
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A diretora-geral da Saúde disse que os critérios são transparentes, e que "quanto maior for o risco e quanto maior for o benefício da vacinação, mais precocemente as pessoas serão vacinadas”.
Foi para alcançar este objetivo que nestes primeiros dias de vacinação em Portugal foram selecionados 9.750 profissionais de saúde “de acordo com a tarefa que desempenham no sistema de saúde”.
Graça Freitas fez também um balanço positivo dos dois primeiros dias de vacinação nos hospitais. "Correram bastante bem e devemos estar satisfeitos com isso”, referiu.
Cerca de oito mil profissionais de saúde já foram vacinados e, “provavelmente, no final do dia, estarão cumpridos os objetivos de vacinar estes profissionais”. Esta é a primeira etapa, e a forma como o movimento nasce, é muito importante, destacou Graça Freitas.
“A adesão, até agora, tem sido boa”, sublinhou. Em Portugal, já foram vacinados 7.585 profissionais de saúde em cinco centros hospitalares — cerca de 80% das doses disponibilizadas para estes hospitais nesta fase.