A França reagiu esta sexta-feira à denúncia dos acordos de cooperação militar pelos golpistas do Níger, sublinhando que "só as autoridades legítimas" desse país africano estavam em condições de os romper.
"A França recorda que o quadro jurídico da sua cooperação em matéria de defesa com o Níger se baseia em acordos concluídos com as autoridades legítimas" do país, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
Estas autoridades "são as únicas que a França, tal como toda a comunidade internacional, reconhece", acrescentou, ao mesmo tempo que "registava" a declaração da junta.
O golpe de Estado no Níger foi liderado em 26 de julho pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, que anunciou a destituição do Presidente, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras (que foram posteriormente reabertas) e um recolher obrigatório noturno até nova ordem.
O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.