A elétrica propõe legislação, mas quem decide é o Governo. São palavras do presidente da EDP Renováveis, que garantiu esta terça-feira no parlamento que não há rendas excessivas no mercado.
Segundo João Manso Neto, a empresa atua dentro da lei.
“Se olharmos para os factos – não é para a imaginação… –, não há rendas excessivas em nenhuma das áreas. Tudo isto foi feito e há controlo externo de todas estas medidas. A EDP – não nego – participou em todos estes processos. Participou, dando contributos sobre todas as formas que lhe foram pedidas. Mas sempre com estes dois princípios: posições equilibradas – entender o que o outro quer –, primeiro; segundo, o respeito por quem decide, que é o Governo. o Governo recebe os nossos contributos e pode deitá-los fora no dia seguinte. É assim e nós respeitamos as leis dos sítios onde estamos.”
Manso Neto é o primeiro gestor em funções a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade. E diz que a elétrica até foi prejudicada em 740 milhões com a mudança para os CMEC, o regime criado para compensar a saída dos anteriores contratos.
O presidente da EDP, António Mexia, só vai ser ouvido pelos deputados no próximo ano. Já o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, vai à Comissão esta quinta feira.