As autoridades de saúde chinesas apelam aos chineses que evitem visitar os mais familiares mais velhos, numa altura em que o país atravessa um novo pico de Covid-19, atingindo não só as cidades, mas também já chegando a zonas mais rurais e mais pobres.
O professor Guo Jianwen, membro de uma equipa concelhia de prevenção da pandemia, citado pelo jornal britânico “The Guardian”, apelou a que os chineses “não viagem para casa” para visitar os familiares mais velhos que ainda não foram infetados.
“Têm várias outras maneiras de demonstrar que gostam deles, não têm necessariamente de levar o vírus para casa”, disse Guo nesta quinta-feira.
A China vai entrar, no dia 21 de janeiro, numa época de festividades, a propósito do novo ano lunar. Era esperada que este fosse um tempo de festa, dado que as restrições Covid foram aliviadas em dezembro, mas coincide com uma nova vaga da doença, no país.
As autoridades de saúde afirmaram, esta semana, que o pico de infeções já terá passado nas províncias e cidades maiores, entre as quais Pequim e Xangai, mas as preocupações centram-se agora nas áreas regionais onde os serviços médicos são mais limitados e onde a taxa de vacinação dos mais idosos será menor.
A China abandonou a 7 de dezembro a sua política de “covid zero”, com restrições severas de combate ao vírus, e que motivaram protestos após três anos de isolamento autoimposto e contenção pandémica.
No entanto, desde este dia, só foram registadas 37 mortes em todos o país por Covid-19, apesar de terem sido confirmados mais de 150 mil casos, quase metade deles na última semana.