A ministra da Cultura anunciou nesta terça-feira que o Governo vai trazer para Portugal gravações de som de Amália Rodrigues que se encontram dispersas pelo mundo, parte das quais são inéditas ou desconhecidas.
Graça Fonseca fez o anúncio no início da sessão de evocação do centenário do nascimento de Amália Rodrigues, no Panteão Nacional, em Lisboa, antes dos discursos do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do primeiro-ministro, António Costa.
"O Ministério da Cultura vai dar início ao processo de trazer para Portugal as gravações de som de Amália Rodrigues, muitas delas inéditas e até desconhecidas e que estão um pouco dispersas por todo o mundo", afirmou Graça Fonseca.
A ministra da Cultura disse depois que "o objetivo é reunir e recuperar em Portugal o maior espólio possível de registos som da artista".
"Queremos salvaguardar para sempre esse valiosíssimo património sonoro de Amália Rodrigues, com a sua dimensão universal e ao mesmo tempo tão nossa", acrescentou a ministra da Cultura.
No dia 23 julho, dia em que Amália Rodrigues faria 100 anos, já tinha sido lançada uma caixa com cinco CD, quatro dos quais com inéditos vindos de França, do Arquivo Nacional do Audiovisual.
As celebrações do centenário da fadista, um pouco afetadas pela pandemia, vão decorrer até ao final do ano, para dar a conhecer vários conjuntos de inéditos.
A caixa "Amália em Paris", lançada em julho pela Valentim de Carvalho, revela 20 anos da carreira da artista e as suas atuações em França. Os quatro CD incluem gravações realizadas entre 1957 e 1965, de atuações ao vivo e em estúdio na Rádio France, e dois espetáculos no Olympia, em 1967 e em 1975, e ainda uma atuação para emigrantes portugueses, em 1964.
Lá se encontra também o conhecido espetáculo de Amália no famoso Olympia, em 1956, agora remasterizado a partir das bobinas originais.