Os professores voltaram a protestar, esta segunda-feira, em várias cidades do país. Esta segunda-feira à tarde, centenas de docentes ocuparam a Ponte do Pragal, em Almada, em protesto.
Gritam “não paramos”, sob o olhar atento da PSP, que deslocou um forte dispositivo para a praça das portagens da Ponte 25 de Abril e também para a Ponte do Pragal.
De coletes amarelos vestidos, apitos na boca, cartazes de protesto com frases como “luto pelo futuro do ensino”, os professores receberam a solidariedade de muitos condutores que buzinaram dos carros à passagem pelo protesto.
A lembrar outro protesto que parou a Ponte 25 de Abril, muitos são os camionistas que juntam a sua buzina ao coro de protesto dos docentes.
"Nós somos a Missão Escola Pública. Pretendemos restabelecer o respeito que o nosso Governo não tem demonstrado nem pelos profissionais da educação nem pelos alunos", disse à Renascença Goreti Costa, da organização.
"Simbolicamente, marcámos essa marcha de protesto para o dia de hoje, que era para ser um dia de negociações, às 18h23, simbolizam dos seis anos, seis meses e 23 dias que os professores trabalharam e não viram restituído. Aquilo que pretendemos é unir a escola pública", sublinha.
Na quarta-feira há uma nova ronda negocial com o Ministério da Educação. Goreti Costa tem fracas expetativas e lamenta que o Governo tenha "degradado tanto esta classe profissional".
"Uma coisa é certa, nós não vamos parar e, se dúvidas houvesse, a adesão a este protesto é bem clara de que a classe profissional dos professores e dos profissionais de educação vão continuar com este tipo de protestos até serem escutados", afirma Goreti Costa.
[notícia atualizada]