A basquetebolista norte-americana Brittney Griner foi esta quinta-feira condenada a nove anos de prisão pela justiça russa.
Brittney Griner terá também de pagar uma multa de um milhão de rublos, cerca de 15,7 mil euros, e pode recorrer da sentença.
O Ministério Público russo tinha pedido uma pena de prisão de nove anos e meio.
Griner, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem.
A prisão de Griner ocorreu numa altura em que se agravaram as relações entre Washington e Moscovo por causa da nova invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em 24 de fevereiro.
Griner afirmou perante o tribunal que não sabe como os frascos com óleo de canábis surgiram na própria bagagem acrescentando, no entanto, que tem uma receita médica que lhe permite o uso de canábis para efeitos de saúde por causa de dores provocadas pelo exercício físico como atleta.
A jogadora de basquetebol, de 31 anos, considerou-se culpada, mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa em fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.
A Administração norte-americana tem sido alvo de fortes pressões nos Estados Unidos para conseguir a libertação de Griner, assim como de outros cidadãos dos Estados Unidos que estão "erradamente detidos" na Rússia.
Depois da condenação de Brittney Griner, as atenções estão agora voltadas para uma possível troca de prisioneiros entre Rússia e EUA.