As marcas brancas já representam quase metade da fatura nos supermecados em Portugal.
No entender do diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) "enquanto a inflação se mantiver, isto é um fenómeno que vai continuar a acontecer".
Os números da consultora Nielsen, revelados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, indicam que as vendas do retalho alimentar cresceram 14,5% nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Quer isto dizer que foram gastos mais 620 milhões de euros do que em 2022.
Gonçalo Lobo Xavier fala das mudanças no comportamento dos consumidores. "Verificamos este aumento das marcas próprias, mas também uma tendência do comportamento do consumidor. Há uma descida bastante significativa no consumo de peixe e de carne, por oposição, há um aumento no consumo de ovos e no consumo de carnes de aves".
De acordo com a consultora as marcas brancas representam agora 44,8% das vendas totais em valor, quando há um ano valiam 39,9%.
Números que no entender do diretor-geral da APED sugerem que o consumidor está cada vez "mais cuidadoso e mais racional, por isso procuram produtos com um preço mais económico".