As turmas do próximo ano letivo têm praticamente todos os professores atribuídos, continuando por preencher apenas 2,3% dos horários, anunciou esta sexta-feira o ministro da Educação, que apontou a disciplina de Informática como a mais problemática.
“Foram pedidos 13.101 horários nesta fase e destes 97,7% tem professor atribuído”, anunciou João Costa durante uma conferencia de imprensa para dar conta do resultado do concurso de professores, cujas listas de colocação nas escolas são divulgadas hoje.
Dos horários completos de 22 horas que ficaram por preencher, o ministro disse que “80% são do mesmo grupo de recrutamento de informática” e estão concentrados, na maior parte, na área metropolitana de Lisboa e na zona Oeste (Quadro de Zona Pedagógica (QZP) de Lisboa e o QZP correspondente à zona Oeste).
Segundo o ministro, desde 2015 já entraram nos quadros 14.259 professores.
Apesar de a “generalidade das turmas ter os professores atribuídos”, o ministro reconheceu que “há sempre necessidade de substituições pontuais” de professores que adoecem ou que se aposentam.
“Temos ainda professores disponíveis para colocar ao longo do ano letivo para substituições que sejam necessárias. Temos 25.858 professores que preenchem estas reservas de recrutamento. Destes, 871 são professores de quadro”, disse.
Seguem-se agora as três reservas de recrutamento, que terminam antes de as aulas começarem.
Na ausência de professores disponíveis, os diretores podem recorrer à 'contratação de escola', sem ter de passar pelas reservas de recrutamento.
As escolas também já puderam renovar os contratos dos docentes com horários incompletos: “A aplicação do decreto-lei permitiu colocar 1.104 professores”, disse João Costa, lembrando que estes horários já não precisam de entrar no circuito dos concursos.
Sobre as regiões onde será permitido às escolas completar horários, João Costa disse que será “em Lisboa e Vale do Tejo, no Algarve e alguns grupos de recrutamento em que tem havido dificuldade de contratação de professores, independentemente da região”.
Numa análise à situação atual, João Costa considerou que neste momento o “resultado global é um quadro com menos professores contratados, mais em QZP e uma folga por enquanto confortável para substituições e novos horários que possam surgir entre agora, o arranque do ano letivo e ao longo do ano letivo”.
Segundo João Costa, a atribuição de professores para 97,7% dos 13.101 horários, correspondem a “7.099 professores colocados em contratação inicial, ou seja, correspondem a novos professores e 5.692 em mobilidade interna”.
Este ano vincularam aos quadros do Ministério 3.259 professores, “mais do que o que foi conseguido nos últimos dois anos”, disse João Costa, sublinhando que “desde 2015 entraram nos quadros do Ministério 14.259 professores que eram contratados e hoje têm vínculo”.