O Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência desafia as comunidades católicas a construir uma Igreja “mais inclusiva”, com lugar para todos.
O desafio é lançado na mensagem para o Dia Internacional dos Deficientes, que começa por saudar as pessoas com deficiência – “um sexto da população portuguesa”.
Evoca ainda o tema escolhido pela ONU para a celebração desta data: “Capacitação/empoderamento das pessoas com deficiência e assegurar a sua inclusão e igualdade”.
Isabel do Vale, responsável daquele organismo da Conferência Episcopal Portuguesa, diz que “desejamos ser uma Igreja de todos e com todos. Uma Igreja que acolha a todos como irmãos, cada vez mais inclusiva, que derrube barreiras físicas e psíquicas, que esteja atenta para ouvir cada um na sua singularidade. Desejamos ser uma Igreja que permaneça companheira, pela vida fora, no calor da amizade e do abraço inclusivo”.
Em seu entender, esta “é uma mensagem de abraço, é sobretudo abrir o coração e acolher. É uma mensagem que é uma conversão da Igreja às pessoas com deficiência. Não é fácil. É um caminho a trilhar, é um caminho a abrir e é um caminho que se vai fazendo de forma desigual no país. Mas queremos de facto ser inclusivos”.
A mesma responsável explica que o Serviço Pastoral tem um projeto “que é identificar as Igrejas acessíveis”.
“Temos muitas Igrejas onde as pessoas com dificuldade de locomoção não entram ou podem entrar ao colo de outras que as levem. E depois há outras formas de acessibilidade que é também a comunicação. A comunicação também deve ser inclusiva. E vamos tendo, aos poucos no país, missas com interpretação em Língua gestual portuguesa”, indica.
Apesar de haver exemplos de boas práticas em algumas dioceses, ainda “há muito a fazer” em prol da inclusão das pessoas com deficiência, reconhece o Serviço Pastoral que deseja que a Igreja seja “de todos e com todos”.
E para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, na segunda-feira, dia 3 de dezembro, está prevista para este domingo uma missa, às 11 horas, na Igreja da Senhora da Boa Nova, no Estoril. A celebração será presidida por D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa.
A escolha do espaço não foi feita ao acaso: é que esta Igreja é totalmente acessível para quem tem dificuldades de mobilidade. Além disso, vai ser uma missa com interpretação em língua gestual portuguesa.