O ministro da Saúde lamenta a falha no atendimento de uma grávida de Torres Vedras, que foi encaminhada para o hospital de Abrantes cujas urgência obstetrícia estava encerrada.
Manuel Pizarro diz que o caso está a ser investigado e garante que acima de tudo é preciso que não se repita.
“Estamos a tratar, como o próprio INEM disse, de apurar a causa da falha e o que é aconteceu. Mais importante ainda do que apurar a causa da falha é garantir que ela não se repita”, disse o governante, à margem da sessão de encerramento das comemorações dos 30 anos do INFARMED, que decorrem esta terça-feira, em Lisboa.
Manuel Pizarro sublinhou ainda que “nos últimos fins de semana, esta é a única falha que nos foi reportada, quer pelos serviços, quer pela própria comunicação social”.
“A ocorrência de uma falha é uma falha a mais. Mas, apesar de tudo, estamos a falar de uma falha em muitos milhares de atendimentos”, rematou.
Uma grávida de Torres Vedras foi encaminhada, no domingo à noite, para o Hospital de Abrantes, apesar de aquela unidade hospitalar ter as urgências obstétricas encerradas.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o INEM confirma que, “por lapso do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], uma grávida foi orientada para o Hospital de Abrantes”.
Por sua vez, a Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste já disse ser lamentável que as grávidas continuem a colocar a vida em risco.
À Renascença, o presidente Vítor Dinis fala em indignação pelo serviço de obstetrícia estar encerrado no Hospital das Caldas da Rainha, defendendo que “é um serviço de excelência e um dos melhores do hospital”.
O INEM está a investigar as circunstâncias que levaram a que
uma grávida de Torres Vedras fosse encaminhada para o Hospital de Abrantes, com
as urgências de obstetrícia encerradas. No total fez mais de 200 quilómetros
até ser internada em Santarém.