Vantagens da vacina da Astrazeneca são maiores do que reações adversas, diz EMA
07-04-2021 - 15:06
 • Cristina Nascimento

Fenómenos tromboembólicos devem, no entanto, figurar na lista de possíveis reações.

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A Agência Europeia do Medicamento considera que a vacina da Astrazeneca é segura e que as suas vantagens são maiores do que possíveis reações adversas.

O anúncio é feito por Emer Cooke, diretora do organismo, em conferência de imprensa.

"Estes são efeitos adversos muito raros. O risco de morte por Covid é muito maior do que o risco de morte por estes efeitos", assegurou.

“A vacinação é extremamente importante para nos ajudar na luta contra a Covid-19 e precisamos de utilizar as vacinas que temos para nos proteger dos seus efeitos devastadores”, insistiu a responsável.

No entanto, Emer Cooke acrescentou que os fenómenos tromboembólicos devem passar a constar da lista de possíveis efeitos adversos.

A Agência Europeia do Medicamento revelou ainda que vai continuar a acompanhar as informações sobre esta vacina e que pediu à farmacêutica para fazer novos estudos sobre este assunto.

Segundo a EMA, foram registados 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose venosa esplâncnica até 22 de março, bem como 18 mortes, num universo de cerca de 25 milhões de vacinados na UE, Espaço Económico Europeu e Reino Unido.

"O risco é muito baixo", garante a responsável pelo do Comité de Farmacovigilância e Avaliação do Risco da EMA, Sabine Straus.

A EMA concluiu que as mulheres abaixo dos 60 anos aparentam ter maior risco de experimentar uma trombose no espaço de até duas semanas após a toma da vacina da Astrazeneca, mas ressalvam que este dado pode não estar correto e pode estar enviesado pelo perfil de vacinação que tem sido levado a cabo.

Sabine Straus sublinhou ainda a importância de serem reportados quaisquer efeitos adversos. "É muito importante que os profissionais de saúde e as pessoas que vão ser vacinadas conheçam os riscos, estejam a atentos a sinais e possíveis sintomas que habitualmente surgem nas primeiras duas semanas após a vacinação", disse.