O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, juntamente com outras direções do Comité Organizador Local (COL), vão apresentar e divulgar a Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, entre 26 de agosto e 12 de setembro, além de participarem, depois, na reunião da Pastoral da Juventude da América Latina, no Perú.
“É um convite que implica uma participação muito significativa dos dois pulmões do mundo, digamos assim, aquilo que significa a Europa e a América, de modo mais simples. O contingente da América latina e do Brasil é, para nós portugueses, de especial significado e, por isso, achamos muito importante ir diretamente, olhos nos olhos, coração a coração, convidar os jovens brasileiros para a jornada”, refere, à Renascença D. Américo Aguiar.
A comitiva aproveita o facto dos bispos brasileiros, cerca de 400, estarem reunidos em assembleia plenária no Santuário de Nossa Senhora da Aparecida, para fazerem chegar este convite “em nome do Papa Francisco”.
Posteriormente, adianta o prelado, “aproveitando a nossa presença geográfica, vamos visitar algumas das principais dioceses, e está programado irmos até São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador da Baía, Fortaleza e Belém”.
Depois do Brasil, esta equipa da JMJ vai estar no Peru, na reunião da Pastoral da Juventude da América Latina. Está também a ser preparada a visita a outros países de língua oficial portuguesa, como Angola e Moçambique, com viagens agendadas já para novembro, seguindo-se Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e ainda Timor-Leste.
“Jornadas são uma herança”. Jovens portugueses impelidos a estar presentes
Questionado sobre se a questão financeira pode impedir a participação de jovens no evento de Lisboa, em agosto de 2023, D. Américo reconhece que isso pode acontecer, mas lembra que há um fundo destinado a apoiar a viagem.
“A Santa Sé tem previsto um fundo de solidariedade que é acionado por jovens de países, com situações económicas e políticas mais complicadas e, por isso, faz-se o esforço para garantir que algum jovem com dificuldades, possa rumar a Lisboa”, afirma o bispo auxiliar de Lisboa.
Se o dinheiro não for um problema, há maior probabilidade de juntar o maior número de jovens em Lisboa. Quem “joga em casa” são os portugueses, são eles que vão acolher os jovens estrangeiros, e isso deve constituir um estímulo à sua participação.
“As jornadas são sempre uma herança. Desta vez, os jovens têm que colocar no coração uma conversão que é, não vamos ao estrangeiro, mas abrimos o nosso coração, a nossa casa, o nosso país, somos nós que acolhemos e é o momento de retribuirmos ao mundo por tantas e tantas jornadas que nos foram oferecidas no estrangeiro. É este estímulo que eles devem ter para participar”, acrescenta D. Américo Aguiar.
Nesta altura, já decorrem obras nos terrenos que vão acolher a JMJ. Recentemente, o Presidente da República visitou o espaço e já marcou uma outra visita para meados de outubro.
“Não estou preocupado com essa fase das obras puras e duras”, diz o prelado, ao mesmo tempo que alerta para o facto de “uma boa parte destas obras no Parque Tejo-Trancão não são para a jornada, mas sim para o parque verde que vai nascer aí”.
Nestas declarações à Renascença, o presidente da Fundação da Jornada Mundial da Juventude garante que está tudo acertado quanto ao financiamento do evento, por parte das diferentes entidades.
“As entidades, a seu tempo, cada uma ou em conjunto farão essa partilha. Os compromissos e o compromisso de cada um, estão garantidos desde o primeiro dia, em que cada uma das instituições que era parceira nos compromissos para a concretização da JMJ em Lisboa”, complementa o bispo D. Américo Aguiar.