O presidente do Sporting, Frederico Varandas, apela ao ministro da Administração Interna para "ser implacável" com o crime organizado, que defendeu estar na base da morte do adepto do FC Porto, aquando dos festejos do campeonato de futebol.
"Apelo ao senhor ministro da Administração Interna para ser implacável na luta contra este crime organizado, que se acha impune à justiça e à lei", apelou Frederico Varandas no discurso de aniversário de 19 anos do núcleo do clube de Carregal do Sal, distrito de Viseu.
O líder leonino dedicou nove dos 16 minutos do seu discurso ao FC Porto e o seu presidente, Pinto da Costa, recordando, entre outros temas, a morte do adepto, em 8 de maio, frente ao Estádio do Dragão, por altura dos festejos do título no campeonato de futebol.
"É seguramente dos episódios mais brutais de violência de que há memória em Portugal. O que aconteceu foi muito, mas muito mais grave do que o ataque a Alcochete, apesar de ter tido apenas um centésimo de cobertura mediática", apontou.
Neste sentido, considerou o "episódio chocante, que mereceu um comunicado do FC Porto", que, no seu entender, foi "pobre, covarde e condicionado", uma vez que "lamentava uma morte".
"É só a mim é que este comunicado faz confusão? A 'morte'? Não, não foi apenas a morte, foi um bárbaro assassinato. 'Não pode deixar de ser lamentada'. Lamentada? Claro que sim, mas o termo que devia estar bem vincado era condenada", defendeu.
Embora "muitos" digam "que isto é um problema da sociedade e não do futebol", Frederico Varandas considerou que "não é verdade", já que, defendeu, "a origem deste problema está intimamente ligada ao futebol e aos clubes que permitem o seu financiamento ilegal alimentando este crime organizado".