O último presidente campeão pelo Sporting não se deixa abalar pelo encurtar da distância em relação ao FC Porto, na frente do campeonato.
Os leões empataram com o Belenenses SAD, o que o FC Porto aproveitou com a vitória caseira contra o Vitória de Guimarães, reduzindo para quatro a desvantagem em relação ao líder, após a 28ª jornada.
Em declarações a Bola Branca, António Dias da Cunha não se assusta com a proximidade dos azuis e brancos na tabela e renova a confiança que diz ter no conjunto leonino e em quem o dirige.
"Mantenho a confiança que aprendi a ter, quer na presidência, quer - e é aquilo que tem mais importância - no treinador. Quatro pontos parecem poucos, porque há tempos tinha dez de vantagem. Confio no treinador e na equipa", começa por referir o antigo dirigente.
Dias da Cunha reconhece que lhe daria "um gozo muito grande passar a este presidente o 'título de último presidente' a celebrar a conquista da I Liga". De resto, caso a vitória no campeonato se concretize, Dias da Cunha elege duas figuras como os obreiros do feito, tantos anos depois: Frederico Varandas e Rúben Amorim.
"A equipa de futebol do Sporting é o treinador, mas foi o presidente que o foi buscar. A ligação que têm é fundamental para o ambiente que se respira, independentemente dos empates todos", explica.
Braga é difícil, mas não só
O Sporting joga na próxima jornada em Braga, este domingo, para a ronda 29. Para muitos, trata-se de um desafio capital para a corrida ao título.
Todavia, António Dias da Cunha faz notar que o embate da Pedreira está ao mesmo nível de dificuldade dos restantes cinco que se disputarão depois, até ao cair do pano da prova.
"É esse e qualquer um dos jogos que faltam. Respeito a equipa de Braga, tem tido bom futebol, mas tenho muita confiança na equipa do Sporting. Todos os jogos são difíceis. Hoje, praticamente, não há diferença entre as equipas e acontece isso do último ao primeiro classificados", argumenta.
O antigo líder dos leões não encontra na ausência de adeptos nos estádios uma razão que justifique os resultados menos bons de "terceiros", entenda-se os "rivais" mais diretos do Sporting, esta época.
"É uma desculpa dizer-se que é a falta de público. O espetáculo perde, mas a falta de público é válida para uns e também para outros", conclui o homem que foi presidente dos leões entre 2000 e 2006 e o último a vencer o campeonato, em 2001/02, com Lazlo Boloni no comando técnico.