A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu este sábado, na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, um "redobrar do esforço" no apoio militar à Ucrânia, para ajudar Kiev a repelir a invasão russa, e está a estudar a criação de um mecanismo semelhante ao utilizado com as vacinas contra a covid-19.
"Nós devemos continuar o apoio muito maciço necessário para derrotar os planos imperialistas de [Vladmir] Putin", declarou Ursula von der Leyen em Munique, citada pela agência France-Presse (AFP), considerando que "é tempo de acelerar, porque a Ucrânia precisa de material para sobreviver".
Perto de um ano depois do início da guerra (a invasão começou em 24 de fevereiro de 2022), não há qualquer sinal de apaziguamento na frente de combate, e a NATO teme uma nova ofensiva de grande envergadura por Moscovo nos próximos tempos.
A presidente da Comissão Europeia apelou a uma aceleração da produção de armamento convencional, como munições, de que Kiev "precisa desesperadamente". Para isso, sugere a compra e a produção conjunta de armas por parte dos Estados-membros.
"Não é possível que tenhamos que esperar meses, anos, para nos reabastecermos" para entregar o material à Ucrânia, assinalou.
A Estónia, país báltico na vanguarda do apoio à Ucrânia, apresentou aos seus parceiros uma proposta quantificada: uma dotação de quatro mil milhões de euros dos Estados-membros so Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, o fundo utilizado para a compra e fornecimento de armamentos para a Ucrânia, segundo as mesmas fontes.
Essa dotação permitiria comprar um milhão de projéteis de 155 milímetros.
O assunto estará na agenda da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros na segunda-feira, em Bruxelas.