Tínhamos avisado ontem: “o Gil Vicente é um conjunto capaz, a que o seu treinador empresta um cunho de equipa contundente, nunca remetido a propósitos defensivos, e altamente moralizada nesta altura em que estamos a entrar no último terço do campeonato”.
Tudo isto ficou amplamente demonstrado num jogo de que o Benfica saiu derrotado, e não apenas nos números finais da estatística, mas também na produção a que não foi capaz de chegar, ante um adversário que lhe ganhou em toda a linha.
O galo cantou na Luz, como se previa, e confirmou que faz parte da lista de equipas com justificadas ambições europeias.
É verdade que o Benfica pode queixar-se da arbitragem e, sobretudo, da decisão controversa que não permitiu que não tivesse sido o primeiro a marcar no seu próprio estádio.
Porém, a dúvida que ressalta é se, mesmo perante decisão contrária do juiz de campo, a equipa de Nélson Veríssimo seria capaz de chegar a um resultado diferente, que não a derrota que acabou por acontecer.
Rui Costa era, no final do desafio, a imagem do desânimo que há algum tempo invadiu a família benfiquista, mas a contundência das suas palavras não podia ter-se reflectido somente naquilo que foi o trabalho do juiz de campo, e até de outros que já terão prejudicado a sua equipa em jogos de passado recente.
O novel presidente encarnado deveria ter-se virado de forma ainda mais incisiva para aquilo que se passa no interior do seu castelo e para as consequências que devem resultar do estado em que tudo se encontra. Por isso se aguarda com curiosidade aquilo que possa vir a acontecer no futuro imediato no reino da águia.
E, como se não bastasse, o Sporting parece ter iniciado o caminho ressurreição.
O jogo produzido frente ao B-Sad teve qualidade e vários dos seus jogadores deixaram à vista a possibilidade de recuperação que os adeptos leoninos desejam, sobretudo agora que se aproxima esse jogo decisivo contra o Futebol Clube do Porto.