Sete em cada dez inquiridos do barómetro da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) não acreditam que o próximo Orçamento do Estado para 2022 traga algum alívio fiscal, nem para empresas nem para famílias.
Apenas 18% dos empresários ainda mostram alguma esperança numa redução fiscal para as famílias.
Sobre o corte fiscal mais benéfico, 41% escolhem o IRC, seguido do consumo, com 38% a optarem pela descida do IVA. Mais de 10% preferem o IRS.
Outra grande preocupação é a fatura energética. Nove em cada dez defendem alterações nesta área no próximo Orçamento do Estado.
A maioria, quase 60%, diz que todas as empresas devem ser apoiadas. Menos de 3% respondem que a ajuda deve ser dirigida aos negócios instalados no interior e apenas 7% limitam um eventual apoio às empresas de menor dimensão. Já quase um terço defende energia mais barata para as famílias.
Sobre o processo de vacinação, o balanço é positivo. Mais de 76% dizem que a maioria dos colaboradores já está vacinada.
Mas a questão de fundo é saber quem não está vacinado. Por lei, a entidade patronal não tem o direito de questionar o trabalhador sobre a sua saúde.
Ainda assim, 48% já pediram informações ou admitem pedir sobre a vacinação dos funcionários, contra 52%. Há mesmo 14% que admitem afastar dos restantes trabalhadores aqueles que não estiverem vacinados, através do teletrabalho ou outras formas.
Sobre as autárquicas, a esmagadora maioria, 85%, não antecipa que estas eleições terão qualquer impacto para a empresa.
Entre os 15% que dizem que a empresa está vulnerável ao resultado eleitoral, mais de 61% diz que seria mais vantajoso a eleição de um candidato de outro partido.
Um total de 116 empresários responderam ao inquérito da Associação Cristã de Empresários e Gestores, realizado entre 7 e 9 de setembro pela Netsonda.