Insatisfeito com o momento da equipa do Benfica, a antiga glória dos encarnados, António Simões, deixa, em Bola Branca, algumas críticas à forma como os dirigentes "desaparecem" sem dar explicações aos sócios e adeptos do clube.
"Com o estádio cheio, seguramente quem lidera o Benfica teria dificuldades que a Covid tem evitado. Mas é nestes momentos que a liderança se revela. O Luisão falou e assumiu, mas foi logo criticado. Dar a cara e falar sobre as coisas é melhor do que toda a gente desaparecer", refere, nesta entrevista.
Simões vê algumas limitações na equipa orientada por Jorge Jesus e considera inaceitável o terceiro lugar das águias, na classificação.
"Tendo em conta o que se investiu, o terceiro lugar na classificação não é aceitável. Sei bem que há ganhar e perder e que há boas épocas e más épocas mas tendo em conta o que se investiu e o que se afirmou, com tanta convicção, obviamente que há desapontamento. Ainda há alguns jogos e o Benfica pode recuperar algum espaço mas acho complicado sair dali", diz, acrescentando que não consegue compreender as desculpas do treinador Jorge Jesus relacionadas com a pandemia.
"Toda a gente teve Covid, essa desculpa não é convincente. Essas atuações são desagradáveis e dispensáveis. Há que assumir as responsabilidades", atira.
Após mais uma derrota, desta vez diante do Gil Vicente, António Simões aponta as principais lacunas que consegue detetar na equipa encarnada.
"Há uma oscilação mental e de disponibilidade. O caminho é encontrado mas depois foge-se dele e tudo se torna mais complicado e incompreensivel. Há falta de intensidade e até de qualidade", conclui.
O Benfica volta a jogar na próxima quinta-feira, às 19h00, com o Portimonense, no Algarve. Partida da jornada 28 da Liga Portuguesa.