Ron DeSantis, oficializou, esta quarta-feira, a sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos, através do Twitter, mas foram os problemas técnicos a receberem mais atenção do que as palavras do governador republicano da Flórida.
Elon Musk tinha sido anunciado como o anfitrião de um Twitter Spaces - uma chamada de áudio pública dessa rede social - em que DeSantis iria apresentar a sua candidatura, em vez de optar pela habitual conferência de imprensa, com transmissão pelos orgãos de comunicação social tradicionais.
Apesar de, na antecipação do anúncio, mais de 600 mil utilizadores do Twitter estarem a participar, a chamada acabou por ir abaixo antes de DeSantis começar a falar. Durante 20 minutos, a plataforma deixava de funcionar para alguns utilizadores na chamada, havia problema com o som de quem falava e a chamada chegou mesmo a ser refeita.
A certo ponto, durante a chamada, Elon Musk constatou "os problemas nos servidores" do Twitter.
Apesar das falhas técnicas, Ron DeSantis conseguiu anunciar a sua candidatura, numa altura em que já só havia cerca de 150 mil utilizadores a ouvir, quando o republicano começou a falhar. No fim do Twitter Spaces, o pico de utilizadores da nova chamada tinha sido cerca de 300 mil.
O atual governador da Flórida prometeu um "grande relançamento americano" e criticou a gestão de fronteiras dos EUA, classificando-a como "um desastre".
"Precisamos de coragem para liderar e de força para ganhar", disse DeSantis, que é visto como a pessoa com mais hipóteses de disputar a candidatura republicana com Donald Trump.
Em reação ao anúncio, a conta oficial de Joe Biden gozou com os problemas técnicos da chamada, partilhando um link que garantiu que funcionava, para uma página da recandidatura do atual Presidente dos EUA.
A congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez recordou, por sua vez, que quando fez uma transmissão a jogar "Among Us", durante a pandemia, teve mais utilizadores a assistir do que o anúncio de DeSantis.
Por sua vez, Donald Trump também gozou com o anúncio de DeSantis, através da rede social que o antigo chefe de Estado norte-americano fundou, depois de ser expulso do Twitter.
Numa publicação da Truth Social, Trump garantiu que tem "um botão vermelho maior, melhor, mais forte e que funciona", numa referência ao poder nuclear dos EUA e às relações com a Coreia do Norte.