O incidente com uma lancha da GNR, em Carcavelos, em setembro, “ocorreu devido a falha humana”, revela um comunicado da força de segurança enviado nesta terça-feira à Renascença.
Na sequência da conclusão do inquérito, foram abertos dois processos disciplinares aos militares considerados responsáveis, “direta ou indiretamente, pela não adoção dos necessários procedimentos de segurança, face à visibilidade e condições meteorológicas que se verificavam naquela data à saída da barra do porto de Lisboa”.
O incidente ocorreu no dia 1 de setembro, pelas 14h30. A lancha de patrulhamento costeiro “Bojador” encalhou junto à praia de Carcavelos, concelho de Cascais.
“Da auditoria técnica aos danos constatou-se a necessidade de reparar as hélices de bombordo e estibordo, a substituição da hélice central e a reparação de pequenos danos no casco e de estabilizadores, facto que remeteu a reparação a valores na ordem dos 145.681,00 euros, a que acrescem serviços associados como de reboques e utilização do estaleiro, perfazendo um total de 215.320,00 euros”, adianta a nota enviada nesta terça-feira.
Enquanto decorria o inquérito interno, “e como medida provisória, foi determinada a suspensão da execução de funções de navegação ao comandante da LPC e aos elementos da guarnição que se encontravam de serviço de quarto no momento do incidente”.
Esta medida foi agora revogada, dando origem aos processos disciplinares.
Durante o inquérito, foram recolhidos e analisados vários “depoimentos, documentação e imagens consideradas necessárias para o esclarecimento dos factos em investigação”.