Nas próximas semanas, deverá chegar à Ucrânia o Secretário para a Relação com os Estados da Santa Sé (o equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros), o arcebispo escocês Paul Gallagher.
O alto representante do Papa Francisco tem uma missão mais diplomática, que se segue à deslocação do cardeal Konrad Krajewski, terminou neste domingo, em Kiev, uma visita dura e triste.
Os católicos assinalam este Domingo de Páscoa com alegria a Ressurreição de Cristo. No balanço da viagem, o cardeal polaco espera que também os ucranianos entendam que é possível sair desta interminável Sexta-feira Santa de sofrimento.
"Desejamos que este povo maltratado perceba que estamos a caminhar para a Ressurreição. Embora pareça que a semana parou na Sexta-feira Santa, não é verdade. Não é verdade. Há a primavera. A primavera está toda a florescer para o bem, tenho a certeza. Tenho a certeza", diz à Renascença.
No final desta jornada, mais uma a pedido do Papa, o cardeal leva uma Bíblia dos escombros de um prédio bombardeado e deixa no país um Rosário abençoado por Francisco, depositado com todo o cuidado na vala comum de Bucha – uma tristeza que se cruzou com a esperança no olhar dos fiéis na catedral deste Domingo de Páscoa.
“Eu também cheguei aqui ontem à noite e esta manhã um pouco triste, porque vimos estes corpos e as sepulturas onde rezámos juntos. Mas há a Ressurreição, porque há Cristo, Cristo que ressuscitou. Viva a Ucrânia. Viva Cristo Ressuscitado. Vimos tudo isto nas pessoas que vieram aqui hoje à igreja com a esperança nos seus olhos, de que tudo pode ser mudado. Porque há o Domingo da Ressurreição”, terminou o cardeal Konrad Krajewski que, na capital, abençoou todos quantos se deslocaram à Catedral de Santo Alexandre.