A empresária angolana Isabel dos Santos, que controla 20% do Banco BPI, esclarece que ainda há "elementos pendentes" nas negociações que decorrem com o CaixaBank, o grupo espanhol que é o maior accionista do banco português.
"A proposta do CaixaBank para adquirir o controlo do BPI ainda está para ser finalmente acordada. Isabel dos Santos, que detém 20% do BPI, acredita que ainda há elementos pendentes que precisam de ser resolvidos", lê-se num comunicado da 'Santoro Finance', 'holding' angolana controlada por Isabel dos Santos e a segunda maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich.
"Tenho esperança de que as negociações em curso serão concluídas com êxito, no melhor interesse de todas as partes", refere Isabel dos Santos, citada no comunicado.
Segundo o documento, "a posição de Isabel dos Santos é que a participação actual do BPI no BFA [Banco de Fomento Angola] seja reduzida e que as acções do BFA sejam admitidas à cotação em bolsa".
Para Isabel dos Santos "isso poderia acontecer através da dispersão das acções [do BFA] numa bolsa de valores adequada. Seria no melhor interesse de todos os accionistas, em Portugal e no resto do mundo".
No comunicado, a Santoro Finance sublinha que "esta situação resultou de uma decisão do BCE [Banco Central Europeu] de que o BPI deve reduzir a sua exposição ao Banco de Fomento Angola (BFA). No presente momento, o BPI detém 50,1% do BFA".
A 10 de Abril chegou a ser anunciado um acordo entre a empresa de Isabel dos Santos e os espanhóis do CaixaBank.