A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, disse esta sexta-feira que a utilização do medicamento "remdesivir" em doentes de covid-19 "tem funcionado bem até à data".
"Há um programa de acesso precoce para doentes graves, que tem sido aplicado, nomeadamente, na área pediátrica e a informação que temos é de que correu bem.", disse a diretora-geral na conferência de imorensa realziada hoje, após a divulgação dos dados diários da pandemia.
"O acesso ao medicamento foi fácil e rápido. O prognóstico é bom, o processo tem funcionado, até à data", completou.
A Agência Europeia do Medicamento aconselhou o recurso a "remdesivir" para o tratamento da Covid-19. De acordo com o Infarmed, a recomendação surge depois de um estudo ter avaliado "a eficácia de um regime de tratamento de 10 dias com remdesivir em 1.000 doentes hospitalizados com Covid-19".
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, a diretora-geral explicou ainda que os cartões de voo que os passageiros devem preencher "são entregues às companhias, estando previsto que estas os entreguem em envelope fechado aos responsáveis do aeroporto".
Graça Freitas respondia a uma pergunta sobre alegadas a falhas neste processo, tendo afirmado que "uma ou outra falha, pode haver" e que iria, assim, "dar nota desse relato".A responsável da DGS sublinhou que as autoridades de saúde podem aceder à lista para "facilitar o contacto" em caso de infeção.
A diretora-geral da Saúde foi questionada sobre o que impede retomar os espetáculos tauromáquicos, mas fez questão de clarificar que a DGS "emitiu o seu parecer com as regras que entende dever ser observadas", dependendo "a sua aplicação ao ministério que tutela a atividade".
"Este é o nosso papel: emitir orientações tecnicas, regras. Para a aplicação, há outros organismos com compatência para o fazer", completou Graça Freitas.