A Porto Editora já lançou as dez candidatas a "Palavra do Ano" de 2022. A votação decorre até ao último dia do ano, 31 de dezembro.
A lista é composta pelas seguintes palavras:
- "Abusos"
- "Ciberataque"
- "Energia"
- "Guerra"
- "Inflação"
- "Juros"
- "Nuclear"
- "Rainha"
- "Seca"
- "Urgências"
De acordo com a editora nortenha, "abusos" remete para a constituição da "comissão independente para investigar casos de abusos sexuais" na Igreja Católica portuguesa, "tendo já recebido mais de 400 denúncias" até ao momento.
"Ciberataque" refere-se aos diversos atáques informáticos que este ano atingiram "uma dimensão sem precedentes e afetaram gravemente diversos organismos e empresas". Só em Portugal, por exemplo, registaram-se ciberataques à TAP, à Segurança Social, ao jornal Expresso, ao Estado-Maior das Forças Armadas, ao Millennium BCP, à SONAE e a vários municípios do país.
O terceiro candidato, "energia", é justiciado pela crise energética que se sente na Europa, "devido à escassez e dificuldade de acesso a fontes de energia", que "tem tido um grande impacto na vida das famílias e das empresas".
"Guerra" deve-se ao conflito que ainda persiste no continente europeu desde o final de fevereiro. "A invasão da Ucrânia pela Rússia deu início ao maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial".
Uma das maiores consequências deste confronto bélico foi, certamente, a "inflação", que "superou largamente a dos anos anteriores, atingindo o valor mais elevado desde 1992".
A par da crise inflacionista, surge o aumento das taxas de "juros", que têm causado aumentos sucessivos do "valor das prestações dos empréstimos bancários, criando dificuldades às famílias e às empresas".
Num ano marcado pela guerra na Ucrânia, pairou "o risco de um desastre nuclear", especialmente a partir das batalhas perto das centrais de Chernobyl e de Zaporíjia ou da escalada de tom do Presidente russo, Vladimir Putin. Daí a sétima candidata: "Nuclear".
Em 2022, tanto se assinalou o 70.º ano do reinado de Isabel II como o seu fim. A "Rainha" viria a falecer em setembro, aos 96 anos, tendo sido a monarca com o maior período de governação na história do Reino Unido.
A preocupação com a crise climática também passou por Portugal, especialmente no verão. A "seca" registada no país terá sido a pior dos últimos 100 anos.
E por último, as "urgências" aponta para a crise de encerramento destes serviços em vários centros hospitalares em Portugal, nomeadamente de obstetrícia e de pediatria.
De acordo com a Porto Editora, as dez palavras do ano permitem "traçar um retrato dos acontecimentos que marcaram a vida coletiva do país". No ano passado, "vacina" foi a vencedora.
Os vocábulos finalistas são escolhidos "através das sugestões recebidas no site da iniciativa, das pesquisas dos utilizadores feitas no Dicionário da Língua Portuguesa Infopedia e do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa".
Pode votar na "Palavra do Ano" através do site palavradoano.pt.