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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, decidiu começar o debate do Estado da Nação, esta quarta-feira, com o desfiar de várias medidas que o Governo diz ter realizado nos primeiros cem dias de Governo, e está a fazê-lo repetindo à exaustão a frase que António Costa, ex-primeiro-ministro, fez entrar no debate político. “Palavra dada, palavra honrada”.
A cada medida que o primeiro-ministro enuncia no Parlamento, no início do debate da Nação, para demonstrar que com ele o país está diferente, finaliza a ideia com “Palavra dada, palavra honrada”.
Montenegro referiu exemplos como as iniciativas de acelerar os pagamentos aos fornecedores, acelerar a execução dos fundos europeus e escrutinar a utilização dos fundos, negociar com os professores e com as forças de segurança.
Antes, Montenegro tinha aberto o discurso, que promete estender-se por quarenta minutos, com a ideia de que há quatro conclusões a retirar dos primeiros 106 dias de Governo. A primeira de que a nação "está em transformação", a nação "vive com confiança"; a nação tem e vai continuar a ter "um programa de mudança"; e a nação tem "muita confusão na oposição".
O líder da AD diz que a transformação está a ser "estratégica, estruturante, ambiciosa e realizável". "Tranquila, que se funda na decisão que o povo português tomou e na execução de um programa de Governo que o povo português não quer interromper", defendeu.
O mesmo argumenta que o povo português tem hoje "confiança nas instituições, na responsabilidade e na palavra dada durante a campanha".
"Compromissos são palavra dada, palavra honrada", repetiu mais de uma dezena de vezes, apontando para as negociações com professores, profissionais de saúde, oficiais de Justiça, entre outros.