Líderes cristãos de Jerusalém unidos contra a guerra na Terra Santa
09-10-2023 - 12:52
 • Aura Miguel

Representantes cristãos pedem “diálogo sincero e soluções duradouras que promovam a justiça, a paz e a reconciliação a favor do povo desta terra, que suporta o peso do conflito há demasiado tempo”.

Os patriarcas e chefes das Igrejas cristãs de Jerusalém uniram-se num apelo à paz e à justiça face à violência que se vive na região.

“A Terra Santa, lugar sagrado para inumeráveis milhões de pessoas em todo o mundo, está atualmente atolada em violência e sofrimento devido ao conflito prolongado e à lamentável ausência de justiça e de respeito pelos direitos humanos”, escrevem no comunicado conjunto, publicado logo após os primeiros ataques do Hamas contra Israel no passado sábado.

Os responsáveis pelas várias confissões cristãs sediadas em Jerusalém, habitualmente divididos por desentendimentos religiosos, desta vez uniram-se para reafirmar que é urgente respeitar o 'status quo' histórico e jurídico dos santuários sagrados.

“Nestes tempos difíceis, unimo-nos para levantar as nossas vozes e espalhar a mensagem divina de paz e amor para toda a humanidade”, afirmam.

“Somos solidários com o povo desta região, que está a suportar as consequências devastadoras dos combates contínuos. A nossa fé, baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, obriga-nos a defender o fim de todas as ações violentas e militares que prejudicam civis palestinianos e israelitas. Esperamos e rezamos fervorosamente para que todas as partes envolvidas escutem este apelo e que cesse de imediato a violência”, acrescentam.

Neste comunicado, os líderes cristãos da Terra Santa pedem aos responsáveis políticos e às autoridades que “estabeleçam um diálogo sincero e procurem soluções duradouras que promovam a justiça, a paz e a reconciliação a favor do povo desta terra, que suporta o peso do conflito há demasiado tempo”.

Também dizerm esperar que a comunidade internacional redobre os seus esforços a favor de um povo, cuja presença justa e duradoura na Terra Santa, deve basear-se “na igualdade de direitos para todos e na legitimidade internacional.”