As famílias perderam mais de 1% do rendimento real com a inflação. Segundo as contas da OCDE, só entre janeiro e março, a subida dos preços já custou 1,1% do orçamento familiar.
Ainda segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), pelo quarto trimestre consecutivo, a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real "per capita" ultrapassou o rendimento familiar "per capita". No primeiro trimestre do ano o PIB "per capita" cresceu 0,2%.
Em comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia, o rendimento das famílias é agora 2,9% mais alto e o PIB real aumentou 1,6%.
Com a economia em produção, acaba por ser a inflação a travar os rendimentos das famílias. Nas economias do G7, este impacto dos preços no início do ano foi particularmente sentido em França, onde o rendimento familiar real "per capita" caiu 1,9%, e na Alemanha, onde caiu 1,7%.
Já o Canadá foi onde as famílias viram o rendimento familiar "per capita" subir mais (1,5%), mas devido ao crescimento das remunerações.
No resto da Europa, destaque para a Áustria, onde o rendimento familiar "per capita" caiu 5,5%, e em Espanha 4,1%.