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Vai notar-se ainda mais a presença da GNR e da PSP nos próximos dias, com a operação “Recolhimento Geral”, que teve início nesta sexta-feira e vai durar até quarta-feira, dia 8 de abril.
Durante este período, a GNR vai envolver todos os militares e mobilizar alguns na reserva para fiscalizar as principais estradas do país.
Para impedir que os portugueses façam as viagens para junto dos familiares antes da Páscoa, o coronel Vitor Rodrigues, diretor de operações da GNR, vai desde já apostar “em todas as vias que levem ao interior Norte e ao Algarve, fiscalização nas localidades mais importantes e nos locais onde pode existir um maior aglomerado de pessoas”.
A GNR avisa que vai ter uma ação preventiva e com muita visibilidade, mas espera a ajuda dos portugueses para ficarem em casa, porque, se for necessário, podem ser tomadas outras medidas, como “cortar os troços que forem necessários para fazer uma atuação efetiva”, referiu o coronel Vitor Rodrigues da GNR, na conferência de imprensa desta manhã, no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.
No que toca à PSP, vai continuar com as operações dos últimos dias, intensificar a fiscalização nas entradas e saídas das grandes cidades, mas vai estar também atenta ao isolamento social e à violência doméstica.
Luís Elias, diretor de operações da PSP, refere que vai ser feita “uma monitorização específica dessas situações, que nos foram indicadas pelas autoridades judiciárias como sendo de maior risco”.
Drones nas fronteiras
Além dos militares da GNR e dos agentes da PSP, as forças de segurança contam com a ajuda dos drones. Por exemplo, a GNR está a usar dois tipos, consoante as zonas do país.
“Estamos a usar com som na cerca sanitária de Ovar e nas zonas do interior do país, e com câmaras nas zonas de fronteira, onde não há presença da GNR para podermos controlar a fronteira”, explicou o coronel Vitor Rodrigues, da GNR.
A PSP vai também continuar a usar este tipo de equipamento para monitorizar fluxos de tráfego, vai continuar as operações STOP nas estradas e vai estar atenta também aos terminais rodoviários e às estações de caminho de ferro.
O diretor de operações revela que, depois de quarta-feira, quando já não for possível sair do concelho, a polícia vai apertar a fiscalização nesses locais “para detetar situações de tentativa de saída das áreas de residência, usando estes meios de transporte”, com atenção para os transportes urbanos de Lisboa e Porto, para verificar a circulação entre as áreas.
A operação "Recolhimento Geral" termina na próxima quarta-feira, dia 8, mas as duas forças de segurança estão já a preparar uma outra, que abrange o período da Páscoa, em que as medidas de circulação são ainda mais restritivas.
O país encontra-se em estado de emergência desde 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado, na quinta-feira (dia 2), o seu prolongamento até 17 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 53 mil. Dos casos de infeção, cerca de 200 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.