A líder da CGTP considera que o caminho para a recuperação económica só pode ser um, o do aumento dos salários, e que o país não pode ficar à espera do que diz serem "paliativos" e dependente da União Europeia.
No encerramento das comemorações do 1.º de Maio, em Lisboa, Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, deixou críticas às regras impostas por Bruxelas relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência.
"O futuro do país não pode continuar dependente de 'paliativos', a ficar à espera dos apoios da União Europeia, que ora são bazucas, ora são vitaminas, mas que estão há mais de um ano a ser embrulhados num conjunto de condicionalidades que hipotecam o nosso desenvolvimento soberano", afirmou a líder da CGTP, no discurso deste sábado.
Isabel Camarinha assinalou, ainda, que "a notícia de um pacote de reformas no Plano de Recuperação e Resiliência só confirma que a que, uma vez mais, a União Europeia não abdica de tentar impor como, quando e onde é que Portugal pode aplicar os seus recursos".
No discurso tradicional da Alameda, que reuniu alguns milhares de participantes, a secretária-geral da central sindical deixou, também, um apelo à participação na manifestação nacional do próximo fim de semana, no Porto, a propósito da Cimeira Social da União Europeia.