A equipa portuguesa da missão de ajuda, composta por 53 operacionais, partiu esta quarta-feira à noite para a Turquia. Os operacionais vão participar na operação de busca e salvamento após o sismo que provocou mais de 12 mil mortes.
Os ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, estiveram ao fim da tarde no aeroporto de Figo Maduro, numa pequena cerimónia de despedida da Força Operacional Conjunta (FOCON).
Gomes Cravinho agradeceu à equipa pela solidariedade e relembrou que vão encontrar um cenário difícil.
“Todos nós vimos as imagens na televisão. Mas aquilo que o ministro [dos Negócios Estrangeiros] turco me transmitiu foi que a realidade é pior do que aquilo que se vê na televisão. Vão ter, por isso, circunstâncias de trabalho muito difíceis, mas sei do vosso grande profissionalismo e do vosso brio. Sei que serão um orgulho para Portugal”, afirmou.
Gomes Cravinho agradeceu ao ministro da Administração Interna pela rapidez com que foram reunidos os meios, bem como aos operacionais.
“Esta palavra de agradecimento é minha, naturalmente, mas é também a palavra de agradecimento do meu colega ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, com quem acabou de falar e que se mostrou muito sensibilizado por este gesto muito significativo da parte portuguesa”,
José Luís Carneiro relembrou que "a participação nesta missão de assistência internacional, num momento tão crítico da vida do povo turco e também do povo sírio, é o momento em que Portugal mostra a sua solidariedade internacional".
"Trata-se de elementos com muita experiência de participação em cenários com a complexidade e com a dificuldade que irão encontrar", acrescentou, agradecendo ainda a "disponibilidade e prontidão" dos operacionais.
A FOCON é composta por 53 operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Guarda Nacional Republicana, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica.
A FOCON, com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em estruturas colapsadas.
A Turquia e a Síria foram os dois países mais afetados por um sismo registado na segunda-feira, onde o número de mortos nos dois países já ultrapassa os 12 mil.