O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, ainda não diz se vai recandidatar-se, mas aproveita para deixar críticas a André Villas-Boas, candidato já assumido.
Em declarações à RTP – que divulgou excertos da entrevista para o programa “Primeira Pessoa” – o líder dos dragões deixou críticas ao antigo treinador.
“Quando eu vejo uma pessoa que quer ser presidente porque tem uma obsessão, não porque quer servir o FC Porto. Não é ser diretor do FC Porto. Eu comecei como chefe de secção. Quando vejo uma pessoa com essa obsessão…. Mas que percurso é que tem? Se eu visse que havia uma pessoa que toda a gente quer que seja e que aceitasse como missão, eu não me recandidataria de certeza”, referiu.
Pinto da Costa lembrou ainda a expressão “cadeira de sonho”, de André Villas-Boas – quando foi treinador do FC Porto – e a forma como saiu para o Chelsea, em 2011.
“A cadeira de sonho dele acabou quando lhe acenaram com dinheiro. Ele teve uma cadeira de sonho, ganhou o campeonato, ganhou tudo, tinha uma equipa fenomenal, estava eu tranquilo para a época seguinte, fui chamado pelo Antero a dizer que ele queria ir embora porque tinha um contrato milionário com o Chelsea. Quando os sonhos terminam com dinheiro, são sonhos que não são de recordar”, referiu.
O presidente portista criticou os apoiantes de Villas-Boas, sem, no entanto, avançar nomes.
“Então os nossos inimigos é que apoiam um candidato para o meu clube? Aqui há gato. Mesmo gostando de animais, desse tipo de gatos não gosto. Isso pode ser o argumento para eu tomar uma decisão diferente daquela que pessoalmente eu acho que mim, enquanto pessoa, seria melhor”, acrescentou.
“O que é que me pode fazer recandidatar? Eu tenho um projeto, que é ver a equipa de futebol novamente nos primeiros lugares da Europa. Depois, é a academia, ter a certeza que ela se faz e que vai ser a melhor de Portugal”, explicou.
Se se candidatar e se for derrotado, “sairia de consciência tranquila”. “Os sócios é que mandam”.