"Falta de experiência" e "cadastro político". Montenegro e Pedro Nuno Santos trocam galhardetes
18-12-2023 - 17:15
 • Ricardo Vieira

Líderes do PSD e do PS clima de pré-campanha para as eleições antecipadas de março.

A experiência do novo líder do PS, Pedro Nuno Santos é "cadastro político", afirmou o presidente do PSD, Luís Montenegro, esta segunda-feira, em Oliveira do Bairro, durante mais uma iniciativa do Sentir Portugal.

O líder do PSD apontou diversos episódios que envolveram o novo secretário-geral do PS que, no entender de Montenegro, são dispensáveis como experiência política.

“A experiência do Dr. Pedro Nuno Santos é tudo menos um cartão de visita, é um cadastro político. Se ter experiência é esbanjar 3,2 mil milhões de euros na TAP por incompetência, hesitação e ziguezague político, então ele que fique lá com a experiência dele”, declarou Luís Montenegro.

O líder do PSD respondia a Pedro Nuno Santos que esta segunda-feira à tarde visitou as oficinas de Guifões, em Matosinhos, e criticou a falta de experiência do PSD no Governo.

"Sinceramente, eu tenho visto os discursos de diferentes partidos de direita, a linguagem que é usada é uma linguagem muito extremada, aliás muito próxima já, pouco distingue a linguagem do líder do PSD da do líder do Chega", atirou Pedro Nuno Santos.

“Não temos que prometer o que não fizemos, nós queremos prometer continuar a fazer aquilo que temos feito e temos feito um trabalho muito importante, o caso da ferrovia é paradigmático disso. A direita não tem trabalho para apresentar. Não têm experiência governativa como não têm trabalho para apresentar”, sublinhou o novo líder do PSD.

O sucessor de António Costa na liderança dos socialistas referiu que o programa eleitoral do partido para as eleições legislativas de março será apresentado “nas próximas semanas”.

“O que é importante é que o PS tenha uma grande vitória no dia 10 de março, que dispense o Chega de fazer parte de qualquer Governo e que permita o país avançar, é para isso que nós estamos a trabalhar”, afirmou.

Questionado sobre o queria dizer uma “grande vitória para o PS”, o ex-ministro das Infraestruturas explicou que seria um resultado que garanta estabilidade governativa.

“É uma vitória que permita ao PS liderar um Governo com estabilidade, é para isso que nós vamos trabalhar, apresentar o nosso programa eleitoral, discuti-lo com os portugueses e tentar mobilizar o povo português para termos uma vitória que garanta ao PS um peso suficiente para liderar uma solução de Governo com estabilidade”, respondeu.